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Tragédia Ambiental no Tocantins: Queda de Caminhão com Ácido Sulfúrico no Rio Tocantins

  • Foto do escritor: Eduardo Wolfarth
    Eduardo Wolfarth
  • 25 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de jan.

No dia 22 de dezembro de 2024, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, desabou enquanto diversos veículos a atravessavam. Entre eles, estavam caminhões que transportavam substâncias químicas altamente perigosas, incluindo 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas. O desabamento resultou em uma séria emergência ambiental, além de perdas humanas e materiais. O acidente vitimou fatalmente motoristas e passageiros dos veículos que atravessavam a ponte, com buscas por corpos ainda em andamento devido à complexidade do cenário. (Fonte: UOL)



Imagem em preto e branco da Ponte destruída no Tocantins
Foto: Prefeitura de Estreito (MA)/divulgação


O Impacto Ambiental da Tragédia no Tocantins

O ácido sulfúrico é uma substância química extremamente corrosiva e altamente nociva ao meio ambiente. Quando liberado em corpos d’água, ele pode causar a acidificação do ecossistema aquático, levando à morte de peixes, à destruição de microrganismos essenciais e ao desequilíbrio da cadeia alimentar. No caso do Rio Tocantins, a contaminação também colocou em risco as comunidades ribeirinhas, que dependem do rio para abastecimento de água e pesca. (Fonte: G1)

Além dos danos ecológicos, a presença de ácido sulfúrico no rio impossibilitou as buscas subaquáticas por vítimas, devido ao alto risco de contaminação para as equipes de resgate. Isso dificultou a localização de motoristas desaparecidos e retardou os esforços de mitigação do impacto ambiental.



Ponte destruída após queda no Tocantins
Foto: Polícia Militar de Tocantins


Medidas de Contenção e Gestão de Riscos

Para lidar com acidentes envolvendo produtos químicos perigosos, é fundamental que autoridades, empresas e sociedade civil adotem medidas preventivas e corretivas. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o transporte interestadual de produtos perigosos no Brasil é regulamentado pela Autorização Ambiental cid Rpara Transporte de Produtos Perigosos (AATPP). Essa regulamentação exige que transportadoras adotem protocolos de segurança rigorosos, incluindo treinamento de motoristas e manutenção regular dos veículos. (Fonte: Ibama)


Medidas Preventivas Importantes:

  1. Treinamento de motoristas: Garantir que os condutores estejam preparados para lidar com situações de emergência.

  2. Manutenção veicular: Assegurar que os caminhões utilizados no transporte estejam em perfeitas condições mecânicas.

  3. Planejamento de rotas: Evitar trajetos que apresentem infraestruturas comprometidas, como pontes em mau estado.

  4. Monitoramento e fiscalização: Garantir que veículos e cargas atendam às normas de segurança e transporte.


Responsabilidades e Recuperação do Ecossistema

Acidentes como o ocorrido no Tocantins destacam a importância de infraestrutura adequada e fiscalização rigorosa. A ponte que desabou já apresentava sinais de desgaste, segundo moradores locais, o que aponta para uma negligência nas manutenções necessárias. (Fonte: Relatos locais)


A recuperação do ecossistema afetado exigirá ações coordenadas de diferentes órgãos, como o Ibama e a Defesa Civil, além do envolvimento das empresas responsáveis pelas cargas perigosas. Entre as ações que podem ser tomadas estão:


  • Neutralização do ácido: Utilização de produtos químicos que minimizem a acidificação do rio.

  • Monitoramento constante: Acompanhamento de parâmetros como pH da água, oxigênio dissolvido e biodiversidade.

  • Educação ambiental: Sensibilização das comunidades locais sobre os riscos e formas de contribuir para a recuperação.


Reflexão Final da Tragédia Ambiental no Tocantins

A tragédia ambiental no Tocantins reforça a importância de medidas preventivas no transporte de substâncias perigosas e da manutenção de infraestruturas críticas. O impacto ambiental e humano deste desastre alerta para a necessidade de investimentos em segurança e planejamento, além de uma atuação mais proativa das autoridades e empresas envolvidas. Somente assim poderemos evitar que desastres similares voltem a ocorrer, protegendo não apenas o meio ambiente, mas também as vidas humanas que dele dependem.

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